CÂNCER DE MAMA: ACESSO AO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Pegando como gancho o “Outubro Rosa”, o Panorama vai falar sobre câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, estima-se que, até o final de 2019, no Brasil, haverá cerca de 119.400 novos casos da doença, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.
Convidados: Vilmar Marques de Oliveira, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia; Alessandra Ventura Schuh, médica mastologista do Hospital e Maternidade São Cristovão; e Fabiola La Torre, médica pediatra intensivista e autora do livro “De médica à Paciente”.
Fonte: TV Cultura
Médicos americanos recomendam iniciar mamografia mais tarde
Sociedade Americana de Câncer anunciou novas diretrizes nesta terça-feira. Exame pode descobrir tumores inofensivos cuja investigação envolve risco.
A Sociedade Americana de Câncer divulgou, nesta terça-feira (20), novas recomendações sobre a realização da mamografia para diagnóstico precoce de câncer de mama. As novas diretrizes aumentaram a idade de início dos exames anuais para 45 anos, no caso de mulheres que não têm risco aumentado para a doença. Antes, a entidade recomendava que as mulheres começassem a fazer mamografias anuais a partir dos 40 anos.
Segundo a sociedade, a partir dos 55 anos, a mamografia deve ser feita a cada dois anos, mas as pacientes podem continuar com a periodicidade anual, caso queiram. Essa rotina deve seguir enquanto a mulher estiver com saúde. Não são mais recomendados exames clínicos da mama nem o autoexame, pois pesquisas mostram que eles não trazem um benefício claro para as mulheres.
As diretrizes foram publicadas na revista especializada “Journal of the American Medical Association” (“JAMA”) nesta terça-feira.
A entidade justifica ter aumentado a idade de início do rastreamento pelo fato de que a mamografia pode, em determinadas condições, detectar tumores que seriam inofensivos, mas cuja investigação envolve testes mais invasivos que ocasionam riscos, dor, ansiedade, entre outros malefícios. Segundo a sociedade, somente a partir dos 45 anos os benefícios da mamografia superam seus riscos.
Apesar de a sociedade não recomendar mais o autoexame, ela observa que as mulheres devem ficar atentas à saúde de suas mamas e comunicar seu médico sobre qualquer alteração que observarem.
Como é a recomendação para mamografia no Brasil?
No Brasil, as duas principais diretrizes de rastreamento de câncer de mama são a da Sociedade Brasileira de Mastologia, que recomenda que a mamografia seja feita anualmente dos 40 até os 70 anos de idade, e a do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que recomenda o exame a partir dos 50 até os 70 anos com intervalo de até dois anos.
O médico Vilmar Marques de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional São Paulo e membro da Associação de obstetrícia e ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), observa que não existe um consenso no mundo sobre rastreamento mamográfico.
No Brasil, segundo ele, os esforços ainda estão concentrados em garantir que todas tenham acesso ao exame, o que ainda não é uma realidade para toda a população, e não em discutir a periodicidade ou a idade inicial dos exames. “O melhor método de rastreamento é o que se faz de forma organizada. Não adianta traçar diretrizes se não um rastreamento organizado.”
O importante é que as mulheres façam a mamografia porque é o único método disponível que faz diangnóstico precoce de câncer de mama e salva vidas
– Vilmar Marques de Oliveira, médico
E no caso de pacientes com alto risco?
Essas recomendações valem apenas para pacientes com baixo risco de desenvolver câncer. No caso das mulheres com familiares que foram diagnosticadas com câncer de mama, a recomendação deve ser personalizada, especialmente no caso das que tenham mutações associadas ao desenvolvimento da doença.
Segundo Oliveira, nesses casos, os exames anuais devem começar ou a partir dos 25 anos de idade ou 10 anos antes da idade de diagnóstico da familiar mais jovem afetada pela doença. Por exemplo, se uma mulher tem uma mãe que foi diagnosticada aos 45 anos, ela deve começar os testes aos 35 anos. Nesses casos, a mamografia também deve ser acompanhada de uma ressonância magnética.
Fonte: G1 – Bem Estar
Fazer mamografia periodicamente favorece o diagnóstico precoce de câncer de mama
Que é preciso fazer o autoexame das mamas, já é bastante divulgado. Mas além disso, quais são os próximos passos para conseguir aumentar as chances de um diagnóstico precoce?
De acordo com o médico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Vilmar Marques, a mamografia é o principal e único exame de rastreamento rotineiro e deve ser repetida anualmente a partir dos 40 anos. Outros exames, como a tomossíntese e o ultrassom das mamas é recomendado caso sejam detectadas alterações nos exames anteriores, e a ressonância não deve ser um exame de rotina, a menos que haja um risco muito alto, comprovado pela alteração genética aliado ao histórico familiar.
Só o exame não evita que a mulher desenvolva a doença, mas permite que o tratamento tenha chances maiores de eficácia se diagnosticado cedo.
Além da mamografia, a médica radiologista Carla Benetti do Salomão Zoppi Diagnósticos explica como funcionam os outros exames coadjuvantes.
Previna-se
De acordo com estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), são esperados 59.700 novos casos da doença no Brasil no decorrer de 2018. Segundo a organização, a maioria dos casos tem bom prognóstico, quando detectados e tratados precocemente, têm maiores as chances de cura.
Fonte: Metro